Os vícios de linguagem que podem prejudicar seu conteúdo

Escrever bem é um cartão de visita no mundo virtual onde, muitas vezes, o interlocutor não vê a outra pessoa e a única forma de se apresentar é a escrita. Ao compor um e-mail, um post para uma ação de Marketing ou responder a um comentário, a boa escrita deve estar presente.

Para escrever bem é preciso tomar cuidado com um problema bastante comum: os vícios de linguagem, que são construções que prejudicam a comunicação e até empobrecem o texto.

Esses desvios devem ser mantidos o mais longe possível da produção escrita e até mesmo da oral.

Barbarismo

Um vício de linguagem comum chama-se barbarismo e consiste na mudança da pronúncia e da escrita das palavras. É o caso de trocar “programa” por “pograma”, “estupro” por “estrupo”, etc. É preciso conhecer a grafia e a pronúncia correta das palavras a fim de não cair no laço desse vício.

Solecismo

Outro vício de linguagem a ser evitado é o solecismo, que consiste no erro de sintaxe e concordância. Um exemplo está na frase: “Houveram muitas ausências”. O verbo “haver” não é flexionado em número; assim, “houveram” está incorreto, sendo o certo: “Houve muitas ausências”.

Ambiguidades

A ambiguidade também é um vício de linguagem que deve passar longe dos conteúdos, tanto orais quanto escritos. Ela consiste em dizer algo com duplo sentido, permitindo mais de uma interpretação, de modo não intencional. Um exemplo é a construção: “Isso é do cachorro do meu marido”: o objeto é do cachorro pertencente ao marido ou o “cachorro” é o próprio marido? Nota-se que há mais de uma possibilidade de entendimento.

Pleonasmos

Outro vício de linguagem que compromete o texto são os pleonasmos, que significam redundância. É o caso de elo de ligação (todo elo é de ligação), panorama geral (todo panorama é geral), sair para fora (sair já é para fora), surpresa inesperada (toda surpresa é inesperada), etc.

Cacofonia

A cacofonia também é um vício que deve ser evitado. Ela acontece quando duas palavras se juntam criando um som desagradável e não intencional. Pode-se citar como exemplo “Uma mão lava a outra”. O som das duas palavras juntas cria “mamão”. Outra cacofonia é “Eu amo ela”. O som das duas últimas palavras cria “moela”. Além de a construção estar errada sintaticamente, pois o correto é “Eu a amo”.

Eco

Um vício de linguagem bastante comum e que prejudica o texto é chamado de eco e consiste em várias palavras com sons iguais perto umas das outras. Um exemplo é: “A ação da população preveniu a manifestação”. Quando se lê esta construção, percebem-se claramente os vários “ãos” seguidos, o que cria um efeito desagradável e faz com que o texto perca a qualidade.

Ao escrever um conteúdo, deve-se levar em conta os vícios de linguagem e, antes de liberar o texto ao público, vale a pena fazer uma revisão e reescrever as construções que possam apresentar inadequação. Assim, o texto ficará mais claro e limpo.

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